Por que PUXAR e não EMPURRAR
Certa vez, em sua renomada
fábrica de móveis planejados de mesas de escritório, Sr. Mohammed deparou com
uma enorme quantidade de produtos acabados e semiacabados em estoque. Parou,
olhou e pensou: Será que vou conseguir vender isso tudo?
Depois de um tempo pensou na resposta. Nada positivo. Analisou
que haviam produtos obsoletos há mais de 5 anos (principalmente de cores e modelos
que saíram de moda). Após este drama, e quantidade enorme de dinheiro parado,
Sr. Mohammed decidiu agir de outra forma: Só produzir quando vender. Ou seja, a
partir do momento que o cliente solicitara um móvel, dava-se start a produção.
O que foi feito?
Primeiramente, dividiu a produção em três etapas:
1)
A produção dos pés das mesas;
2)
A produção do topo da mesa;
3)
Montagem/ Pintura;
OBS: As mesas são montadas na ordem acima.
Segundo, verificou onde era o seu gargalo:
1)
Pés: Produção equivalente a 10 mesas ao dia;
2)
Topo: Produção equivalente a 14 mesas ao dia;
3)
Montagem/Pintura:
Produção equivalente a 8 mesas diárias.
Ao concluir que as gavetas eram o gargalo, decidiu criar também
um limite de estoque de produtos semiacabados:
1)
Pés: Não ter mais que 16 (equivalente a 16
mesas) em estoque;
2)
Topo: Não ter mais que 16;
3)
Montagem/Pintura (mesa pronta): Produzir somente
quando o cliente fizer a compra.
Com isso, Sr. Mohammed limitou o seu estoque na fábrica de 16
produtos semiacabados e nenhum produto final.
Exemplo prático de uma semana de produção (considerando que
já chegou aos 16 estoques de produtos semiacabados):
Dia
|
Vendas
|
Pés
|
Topo
|
Mesa
Pronta
|
1
|
7
|
7
|
7
|
7
|
2
|
12
|
10
|
12
|
8
|
3
|
6
|
8
|
6
|
8
|
4
|
7
|
7
|
7
|
8
|
5
|
3
|
3
|
3
|
4
|
Com isso não há mais estoque de produto acabado. Por que? Porque
a venda, que é a etapa final, que dá a demanda da produção, está agora puxando
a produção.
Hoje todos os produtos são entregues em no máximo 72h na casa
do cliente.
Bom, por que puxar e não empurrar?
·
Menor estoque de semiacabados e zero estoque
final;
·
Mais espaço físico na produção;
·
Menor sobrecarga e desequilíbrio sofrido pelos
colaboradores;
·
Menor custo,...
Texto fictício escrito por Bernardo Barragat.
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